Com a mudança da parteira Fabiana Higa para Santa Catarina, as consultas de pré-natal e atendimento ao parto domiciliar estão acontecendo na cidade de Florianópolis e região.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
Atendimento ao Parto Natural e Parto Domiciliar em Florianópolis- SC
Com a mudança da parteira Fabiana Higa para Santa Catarina, as consultas de pré-natal e atendimento ao parto domiciliar estão acontecendo na cidade de Florianópolis e região.
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
Você já ouviu falar em Ikigai?
MEU LUGAR NO MUNDO
Era uma busca, de tantas
Era a maneira, de várias
Falavam sobre o ideal
O valoroso e o esperado
Mas havia o que pulsava
redes sociais. Estar em contato com as constantes exposições pode se tornar uma armadilha capaz de nos afastar de todo o movimento autônomo, pois tira o foco de nós mesmas.
atenção para o outro. Olhamos para o nosso propósito, nossas aspirações e buscas genuínas; e para o que estamos sendo solicitadas e chamadas no momento presente.
físico-local. Esse "lugar"; ganha uma amplitude expandida a envolver: pessoa, espaço e tempo.
Okinawa (no sul do Japão) é conhecida por apresentar uma população com grande número de pessoas centenárias. O autor Ken Mogi relaciona a longevidade e vitalidade dessa população com o encontrar o seu propósito de vida, viver seu ikigai.
Cada vez que vierem pensamentos e balizadores externos que dificultem a sua autopercepção, busque caminhos para voltar a percepção para si mesma, validando sua caminhada até aqui, sua história.
Relembre e, se quiser, escreva sobre uma época da vida que tenha sido fundamental para você, servindo de base para a construção de quem você é hoje.
percepção para seu caminho autêntico e individual?
Sugestão de leitura: Ken Mogi- Ikigai
Este trecho composto por: ilustração em aquarela, poesia, descrição e sugestão prática é um dos 45 capítulos do livro SHINGUETSU NO MINE- O LUAR REFLETE NA ESPADA- Oráculo das expressões do feminino e sabedorias orientais da autora Fabiana Higa
Saiba mais em: aqui
sexta-feira, 10 de junho de 2022
Servir: expressão ou objetificação?
Subservir
Virou objeto
De desejo
De enfeite
Objetificada
Ferida
Servir
Ser e vir
Cortesia e amor
O próprio
Para além de uma expressão, o servir é uma das grandes artes do feminino e uma das imagens que o representa é a gueixa.
Servir se refere à generosidade, à graciosidade, à delicadeza, à sutileza, à cortesia e ao refinamento
Ao longo da história, mulheres de diversas culturas e tradições se tornaram mestras no servir. Tanto em seus lares, quanto fora deles, nas mais variadas formas de cuidados para os quais eram solicitadas, seja com a saúde, a educação e artes, entre outros. Para além do conceito do serviço e utilidade, o servir aqui é se dispor para o momento presente, uma vez que em nosso servir trazemos conforto, ordem e beleza.
Ao longo das transformações sociais e com o subjugamento da mulher por uma cultura dominadora e opressora, o servir da mulher foi objetificado, relegando-a ao nível de subserva. Em subserviência, passamos a atender aos comandos e desejos impostos. Um desses exemplos é a figura da gueixa, a guardiã das artes em sua concepção original. Esta, contudo, acabou sendo distorcida e hoje vem carregada de apelo sexual devido a fetichização da sua imagem.
Nesta expressão é importante refletirmos sobre as diferenças entre o servir e o subservir. O feminino torna-se subserviente quando colocado a serviço dos desejos e manipulações de uma cultura em desequilíbrio, ao passo que o servir sincero se expressa em genuinidade e sinceridade, transpondo comandos externos. Assim, no servir há sinceridade nas atitudes, sem o desejo de agradar pelo medo ou coerção.
Servir em essência é estar à disposição e em toda sua inteireza, de modo a ser para o mundo aquilo que se é. Mostrar o melhor de si e estar a serviço com seus talentos únicos sem a necessidade de mudar sua essência para agradar externamente. O servir baseado no medo não é servir.
Há aqueles que por meio da subjugação tentam conquistar o servir de uma mulher, mas acabam recebendo um servir vazio. A subserviência raramente gera completude e, por essa razão, cria o desequilíbrio do qual decorre a objetificação e os abusos.
Servir também tem relação com a compreensão dos limites e nos proporciona observar nossa auto-estima. Por isso, para vivenciar o servir, vale observarmos como estamos sendo gentis e cordiais conosco mesmas e com nossos sentimentos.
Em japonês a expressão omotenashi origina-se da tradição da cerimônia do chá e se refere a esse sentimento com o qual realizamos para o outro. Um simples detalhe nas ações, quando realizadas com carinho, faz imensa diferença àquele que recebe. A sinceridade com que realizamos algo é percebida nesses detalhes que nos chegam mais através dos sentidos do que de maneira racional. Omotenashi é colocar o melhor de si e agradecer com atitudes. Servir e omotenashi estão intimamente ligados e suas sutilezas e podem nos levar a descobertas bem como nos inspirar no dia a dia.
Sugestões Práticas
Experimente servir-se de um chá feito com carinho e capricho; preparado por você e para você.
Sirva-se um jantar com sua receita favorita, desfrutando da sua própria companhia, em uma atmosfera preparada com beleza e ouvindo uma música que lhe agrade.
Pratique primeiramente o autoservir e a autogentileza, para depois estender o servir ao outro.
Experimente o servir ao outro com um sentimento sincero, manifestando atenção carinhosa aos detalhes e ao sentimento de agradecimento.
Este trecho composto por: ilustração em aquarela, poesia, descrição e sugestão prática é um dos 45 capítulos do livro SHINGUETSU NO MINE- O LUAR REFLETE NA ESPADA- Oráculo das expressões do feminino e sabedorias orientais da autora Fabiana Higa
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quarta-feira, 9 de setembro de 2020
Bebê está sentado, e agora?
Quando chega a notícia de que o bebê está sentado, pensamos logo: e agora? O que fazer? Como resolver o problema? E assim passamos a encarar o bebê que senta como "algo que tem que ser resolvido". O nascimento de bebês pélvicos acontecem desde que o mundo é mundo, e não há problema nenhum nisso! Mas isso é assunto para outro post. Hoje vou me concentrar no gestar do bebê pélvico e não no parir o bebê pélvico.
Bom...a partir da notícia, começamos a buscar por soluções, exercícios, movimentos, acupuntura. Inversões e versões começam a fazer parte da nova realidade que se apresenta. Novos planos começam a ser traçados: a possibilidade de uma cesárea, a busca por uma equipe que atenda partos pélvicos.
E nos perguntamos: o que este bebê que senta quer nos dizer?
Sinto que este bebê quer dizer sim muitas coisas. Será que estamos dispostos a escutar? Estamos dispostos a dar-lhe espaço e liberdade para que ele faça seu mergulho?
Quando digo espaço, me refiro a espaços físicos, no ventre da mãe e também me refiro a espaço emocional. E quando me refiro a espaço emocional, não é somente sobre a mãe; e sim sobre mãe e pai.
Abrir espaço emocional para um bebê fazer seus giros e mergulhos é permiti-lo se expressar. Permiti-lo ser sua natureza mais plena e sábia. É não querer forçá-lo a responder a impositivos comandos.
Podemos sim, conversar com nossos bebês e procurar compreender o que ele quer dizer. A razão de ele não estar neste momento ( que não é eterno) confiante para "mergulhar de cabeça" na vida.
Existe um conceito oriental sobre a força que gosto muito, diz que a não utilização da força é capaz de permitir a expressão natural e genuína do movimento.
Não sou contra os exercícios e técnicas que incentivam o bebê a virar e também não acho que se deva ficar sentada no sofá esperando isso acontecer. Não se trata disso. Trata-se da maneira como se irá utilizar essas técnicas.
Portanto, quando um bebê está pélvico, não precisamos "resolver o problema do bebê pélvico" e de maneira ansiosa, usar de multi técnicas forçando sua virada, focando somente no nosso desejo que ele fique como queremos. A sugestão é que ao invés de planos e técnicas que nos adiantam para o final da história, que tal viver todo o caminho, viver o processo integralmente. Minha sugestão é VIVER o bebê pélvico e aprender com ele, antes de encará-lo como algo a ter que ser resolvido.
Por Fabiana Higa- Parteira
Ginecologia Autônoma
Qual é a ginecologia que tanto almejamos quando estamos falando de ginecologia autônoma e natural?
"Dizem que a subordinação está determinada biologicamente, que as mulheres estão mais dotadas pela natureza para serem enfermeiras ou parteiras do que médicas. Às vezes nós mesmas tentamos buscar consolo na teoria de que havíamos sido derrotadas pela anatomia antes que pelos homens, de que estamos tão condicionadas pelos ciclos menstruais e pela função reprodutora que nunca atuamos como pessoas livres e reprodutoras fora das paredes de nossos lares [...] Mas a história desmente essas teorias. Em tempos passados, as mulheres foram curandeiras autônomas e seus cuidados foram muitas vezes a única atenção médica ao alcance dos pobres e das próprias mulheres” (Bruxas, parteiras e enfermeiras de Bárbara Ehreinreich e Deirdre English)
O momento atual (de pandemia, de explosão de conteúdo na internet, de muitos e muitos cursos on-line) tem colocado em evidência um movimento de mulheres em busca de uma ginecologia natural, mais especificamente: maneiras naturais de tratar candidíase, ovários policísticos, endometriose e demais.
E é aí que mora o perigo! A propagação de práticas como banho de assento, vaporização, O.B. de alho, de babosa, etc, sem a devida contextualização, sem a incitação ao questionamento e ao autoconhecimento é apenas trocar o produto e não a forma como consumimos “saúde”.
Usei aspas para falar de saúde para já começarmos a repensar por aí: as intervenções médicas convencionais nos ensinam a viver com saúde ou a temer a doença? Nos ensinam a cuidar e prevenir e manter saudável o corpo ou nos falam obsessivamente sobre sanar sintomas e retirar órgãos, cortando males pelas raízes?
Se você está nessa busca, você também precisa estar se questionando sobre as formas de intervenções promovidas pela medicina convencional.Se você ainda não questionou é melhor ser avisada: este é o primeiro passo. Não há revisão de nossos conceitos, não há descolonização de corpos, se primeiro não houver um “porquê?
Intervir no corpo que adoece não é o mesmo que promover conhecimento sobre práticas de cuidado. Retomo a questão do título desse artigo: Qual é a ginecologia que tanto almejamos quando estamos falando de ginecologia autônoma e natural? Almejamos alcançar uma finalidade: devolver ao corpo seu lugar de poder.
Essa ginecologia, ou autocuidado, ou cuidado íntimo e pessoal é autônoma porque precisa ser primeiramente (e politicamente) centrada em ouvir o corpo, sua história, seu contexto e suas queixas.
Há um saber nesse templo que habitamos! Ele é único e o meu funciona com os mesmos objetivos que o seu, mas de forma diferente, temos vulva, sangramos, geramos vida, temos ciclicidade, e ainda assim minhas bactérias, fungos e hormônios são meus e não seus.
Qual o canal de comunicação que você tem com esses órgãos internos e externos que organizam o seu andar, sentir e pulsar? Você sabe decodificar as mensagens que eles mandam? Faz escuta atenta a suas queixas? Entende que dores, sintomas intensos demais, falta ou excesso de algo que deveria estar ali são formas de comunicação do corpo para a mente?
Sim, existem técnicas, aplicativos...e ainda assim, se não houver de sua parte disponibilidade para se conhecer este ainda será um caminho relegado ao outro. Se este for o seu objetivo talvez a medicina convencional seja mais aliada sua do que é minha e eu acho que não há mal nisso, desde que haja informação suficiente para que a escolha seja o mais consciente possível.
E porque natural? Bom, respiremos! Natural aqui é adjetivo e não sujeito. Quando se aprende que pontadas no ovário durante a ovulação pode ser só isso mesmo: o corpo avisando que está ovulando, estamos acessando um saber antigo que mulheres cultivavam e passavam de umas a outras nos sistemas pré-industriais de sociedade. Bom e nesse tempo tinha anormalidades? Doenças? Tinham e elas sabiam usar o mundo a sua volta para cuidar disso, mesmo nas sociedades industriais, as mais velhas de uma família, uma comunidade, uma rua, guardam e partilham receitas naturais para toda sorte de incômodos.
Quando olhamos com respeito a essa história descobrimos as ervas, chás e alimentos que sempre foram aliados das mulheres. Mas, novamente, o que vai servir para mim pode não servir para você, e como é que faz então? Como a própria indústria farmacêutica: testa! Só que aqui ressaltamos o impacto muito menor que uma prática natural tem do que uma intervenção medicamentosa.
Mais tem um porque o natural casar perfeitamente com a importância desse cuidado pessoal ser autônomo: ter acesso a ervas e práticas simples de cuidado é diferente do que ter acesso a remédios. No primeiro caso você é responsável por pesquisar, testar, se conhecer e usar (acessando conhecimentos tradicionais como base) o tratamento, e as vezes, até o diagnostico pode depender só de você. No outro caso há a autoridade médica, a enfermagem e ainda a indústria farmacêutica guiando e definindo isso.
Sem contar sobre a democratização da saúde que um tratamento natural promove. Até hoje, onde não chega a medicina convencional há erveiras, raizeras, parteiras, todo um saber ancestral, comunitário e feminino.
Essa é a resposta da questão desse artigo: queremos com essa ginecologia dar um empurrão ao começo de uma jornada, o começo de um estudo e mergulho interno e pessoal que pode te levar a um cuidado intimo só seu e ser muito empoderador.
Por Márcia Arévalo- Mãe de 4 meninas, aprendiz de saberes femininos, aprendiz de parteira, mulher em busca de conhecimento para viver plenamente a autonomia sobre seu corpo.
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Nascer e Renascer
Uma homenagem a todas as mulheres que Sabem Parir ( Todas elas! Mesmo a que parem por cesárea necessária!)
Música da Cantora Espanhola Rosa Zaragoza: Sabemos Parir
Rodas de Gestantes Online Gratuitas
Momento de tirar todas as dúvidas sobre a gestação, parto e puerpério!
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Até lá!